Cantinho de trabalho do #qspmsp
Este blog surgiu de uma página do Facebook que surgiu antes dele porque ele não ficava pronto nunca, só que na verdade a página é filha dele, mas nasceu antes. Entendeu? Nem eu.

Em 2016, eu estava passando por um processo bastante conturbado, mas só enxergo isso agora. Há vinte anos convivo com o transtorno bipolar e há cinco não tenho crises. Isso não quer dizer que eu não tenha tido oscilações nesse período. E era isso que eu não estava percebendo quando saí anunciando ao mundo milhares de projetos mirabolantes.

O blog estava entre essas coisas grandiosas e acabou indo parar na enorme lista de coisas não acabadas da minha vida. Gente, sério, eu morro de vergonha quando lembro o alarde que eu fiz. Vida que segue, né?

Aí, estava eu viajando outro dia e resolvi ver se ele ainda existia. Comecei a brincar de escolher templates, publiquei os textos da página, mudei um pouquinho o código (adoro fazer esse negócio que ninguém mais faz há séculos) e, despretensiosamente, tenho um simples blog simples!

Não vai ter milhões de seguidores. Não vou ganhar viagens aos centros de saúde mental mais avançados da Europa para depois escrever matérias, nem kits de Rivotril para postar memes, nem caixas e caixas de qualquer outro medicamento para falar bem. Também não vai ter fogos de artifícios desta vez. Quem me seguir vai ler coisas bonitas, singelas e verdadeiras sobre o que eu chamo de a vida que só existe dentro de nós.

Vai ter doença? Claro! Foi daí que surgiu a ideia.

Vai ter só doença? Claro que não! Um transtorno não define ninguém. Vai ter graça, vai ter dor, vai ter drama, vai ter relato, vai ter psicologia, vai ter filosofia, vai ter dicas. Inclusive, minha principal colaboradora não tem um neurônio fora do lugar. Não toma nem aspirina.

E por falar em colaboradores, já temos alguns por aqui e vamos abrir novas vagas. Tem a Camila e o Rodrigo, que me emocionam com seus textos, assim como Walter M., que escreveu só uma vez, escreve lindamente bem e que eu queria tanto ter a honra de publicar mais textos seus. Tem também o João, que estou ansiosíssima para para saber se ele topa ser meu assessor de memes.

Enfim... O que realmente quero, com todo meu coração, é mostrar como um paciente é, misturando-o a pessoas não doentes. O que fazemos, como pensamos, como vivemos, como somos capazes de tudo, inclusive de fazer uma porção de cagadas e depois dar a volta por cima. Nós rimos, choramos. Às vezes somos bregas, outras, nerds. Somos de todas as profissões. Somos anônimos, somos famosos. Somos jovens, velhos ou nem nascemos ainda. A gente pode ser o que a gente quiser. Estamos por aí e só queremos viver como qualquer um. Nem mais nem menos.


Além da página do Facebook, vai ter o Instagram mais fofo e colorido que você já viu.

Todos os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.


Ah! Quase esqueço: eu sou a Lu Candido, criadora e editora do blog. Sou jornalista, revisora, consultora para assuntos aleatórios, portadora de transtorno bipolar, aspirante a escritora e filósofa de boteco nas horas de folga.


2 comentários:

  1. Que ótimo! Vou acompanhar com certeza! Você escreve muito bem sobre o prosaico da vida, além de ser mais do que especial ;)

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