terça-feira, 18 de dezembro de 2018

POR CAMILA PEDROSO ::
Um clássico do cinema dos anos 80, que serviu de referência para o nome de uma festa temática que acontece, de tempos em tempos, num pub aqui de Porto Alegre.


Descobri por acaso e fui com uma amiga. Uma verdadeira aventura para as duas quarentonas que estavam fora de circulação há, mais ou menos, uns 20 anos! A ida e a volta já foram um acontecimento à parte, talvez fale sobre isso em outra ocasião.

Mas quero falar sobre o que significou para mim estar lá, ouvir aquelas músicas, aquela banda! Nossa! Foi mesmo uma viagem no tempo sem sair do lugar!

Eu descobri (lembrei, na verdade) o quanto amo rock, o quanto o som da guitarra faz estremecer meu corpo inteiro. Lembrei do quanto eu gostava de ir às festas e sacudir a cabeça. Gostava? Não! Gosto! Meu cabelo ficou com tanto volume que mais parecia uma juba. Deu até uma dor no pescoço... Que eu só fui sentir em casa, junto com a dor nos pés e nas pernas de tanto pular.

Mas nenhuma dessas dores me tocaram tanto quanto ter voltado ao meu estado inicial, tipo um reset, sabe? Peguei carona naquele Delorean e voltei a um tempo em que só havia a minha essência juvenil, aquela vontade louca de viver cada minuto como se não houvesse amanhã, “porque se você parar pra pensar, na verdade não há”.

Aquele lugar parecia mágico, não senti o tempo passando, não lembrei da minha idade, e cantei “Bichos escrotos”, dos Titãs, aos berros, porque me sentia livre no meio da galera e a minha mãe não ia saber que eu estava falando palavrão.

Senti que todas aquelas pessoas estavam mesmo lá, nos anos 80, curtindo a mesma energia, como se não existisse mais nada daquela porta para fora.

Voltei para casa diferente... Renovada, rejuvenescida até. Visitei o passado e me lembrei do que eu desejava para o meu futuro. Definitivamente não era esse presente, mas “no balanço das horas tudo pode mudar”, não é mesmo?

Já estou contando os dias para a próxima edição. Não vejo a hora de embarcar naquela máquina do tempo e viajar de novo de volta para o futuro!


Camila Pedroso é uma dona de casa que pretende ser escritora e tem muito a dizer. Aos 40, está numa fase de desconstrução e revisão de conceitos. Amante das artes, seus textos e poesias refletem sua constante transformação.




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