POR LU CANDIDO ::
Sexta-feira, oito da manhã, temperatura 13ºC. Foi nesse clima que aconteceu o “arraiá” dos grupos de expressão corporal e de saúde mental da UBS (Unidade Básica de Saúde) dos quais eu participo. Perfeito para animar uma manhã fria e cinza do inverno paulista.
Foi o primeiro evento dos grupos do qual participei efetivamente desde que entrei em maio passado. Eu tinha pensado em como poderia ajudar na festa. Então, pensei que poderia fazer uma cobertura: lide, entrevistas, fotos etc. Mas de repente decidi que não queria fazer isso, porque eu não queria ser um olhar de fora, eu queria ser parte. E foi assim. E é por isso que não tem uma matéria aqui, e tudo bem.
Teve bebidas (sem álcool!) e comidinhas típicas, música, bingo, quadrilha (com direito a coreógrafa) e – não podia faltar – casamento na roça com noivo roubado e tudo. Tive minhas tarefas também e me diverti para caramba. A confraternização possibilita um momento de troca maior entre nós, sem falar da cooperação: foi tudo bancado coletivamente, no melhor estilo “quem leva o quê”.
É evidente que nada disso seria possível, ou seria um desastre, se não fosse a dedicação da equipe de profissionais que toca os grupos. Se alguma coisa existe, são eles que fazem acontecer usando e dando significado às ferramentas que têm à disposição, que estão muito longe de ser o que eles deveriam ter.
As crises não trazem nada de bom. É o que você faz com elas que determina se você vai sucumbir ou aprender alguma coisa. Escolho sempre a segunda opção. Na minha última crise, aprendi a compartilhar. Estar neste grupo com estas pessoas me faz sentir que eu existo e não apenas (sobre)vivo.
É algo que pode parecer muito simples para a maioria das pessoas, mas demorei muitos anos para entender e aceitar que não preciso andar sozinha. E não há nada mais bonito do que pessoas que se cuidam e se apoiam mutuamente.
“E eu tento cada dia ser tudo o que havia imaginado, e descubro que a vida sempre guarda algo preparado que supera a maior das fantasias, nada comparado com o que de fato acontecia.” (Xoel López, “Tierra”)
Fotos: Elenilda Benedita e Caroline Candido
Sexta-feira, oito da manhã, temperatura 13ºC. Foi nesse clima que aconteceu o “arraiá” dos grupos de expressão corporal e de saúde mental da UBS (Unidade Básica de Saúde) dos quais eu participo. Perfeito para animar uma manhã fria e cinza do inverno paulista.
Foi o primeiro evento dos grupos do qual participei efetivamente desde que entrei em maio passado. Eu tinha pensado em como poderia ajudar na festa. Então, pensei que poderia fazer uma cobertura: lide, entrevistas, fotos etc. Mas de repente decidi que não queria fazer isso, porque eu não queria ser um olhar de fora, eu queria ser parte. E foi assim. E é por isso que não tem uma matéria aqui, e tudo bem.

É evidente que nada disso seria possível, ou seria um desastre, se não fosse a dedicação da equipe de profissionais que toca os grupos. Se alguma coisa existe, são eles que fazem acontecer usando e dando significado às ferramentas que têm à disposição, que estão muito longe de ser o que eles deveriam ter.

É algo que pode parecer muito simples para a maioria das pessoas, mas demorei muitos anos para entender e aceitar que não preciso andar sozinha. E não há nada mais bonito do que pessoas que se cuidam e se apoiam mutuamente.
“E eu tento cada dia ser tudo o que havia imaginado, e descubro que a vida sempre guarda algo preparado que supera a maior das fantasias, nada comparado com o que de fato acontecia.” (Xoel López, “Tierra”)
Fotos: Elenilda Benedita e Caroline Candido
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