sexta-feira, 21 de março de 2025

POR QSPMSP ::
Você sabia que pesquisas indicam diferenças estruturais nos cérebros de indivíduos com transtorno bipolar?

Não se trata apenas de “sentir” de determinada maneira – esta é uma doença que envolve fatores neurológicos complexos. Compreender essas diferenças é essencial para reduzir o estigma e avançar as pesquisas em busca de tratamentos melhores.

O transtorno bipolar é uma doença mental que se caracteriza por alterações extremas de humor, entre depressão e mania ou hipomania, conhecido também como doença maníaco-depressiva. É uma alteração mental grave que afeta homens e mulheres e normalmente surge no início da vida adulta, embora também possa ser diagnosticada na infância e na velhice.

As causas exatas são desconhecidas, porém se sabe que o desenvolvimento da doença é multifatorial, com forte componente genético, envolvendo ainda fatores ambientais e psicossociais. Fatores ambientais como traumas, abuso de substâncias, estilo de vida e estresse podem desencadear o transtorno.

O transtorno bipolar está associado a anormalidades cerebrais estruturais e funcionais, particularmente em regiões envolvidas na regulação do humor e no processamento emocional, incluindo o córtex pré-frontal, o hipocampo e a amígdala.


Córtex pré-frontal
Estudos com técnicas de neuroimagem, como ressonância magnética, mostraram que indivíduos com transtorno bipolar frequentemente têm redução do volume de substância cinza no córtex pré-frontal, uma área crucial para funções executivas, tomada de decisões e regulação emocional.

Hipocampo
O hipocampo, essencial para a memória e o aprendizado, foi encontrado em tamanho reduzido em indivíduos com transtorno bipolar em comparação àqueles sem o transtorno.

Amígdala
A amígdala, região do cérebro envolvida no processamento das emoções, especialmente medo e agressividade, também é frequentemente associada ao transtorno bipolar. Alguns estudos sugerem que ela pode ser hiperativa em indivíduos com o transtorno, o que pode contribuir para a instabilidade do humor.

Disfunção dos circuitos cerebrais

Pesquisas sugerem que o transtorno bipolar pode envolver disfunção em circuitos cerebrais específicos, particularmente aqueles envolvidos no processamento emocional e na regulação do humor.

Desequilíbrio dos neurotransmissores

O transtorno bipolar está relacionado a desequilíbrios nos neurotransmissores, os mensageiros químicos que transmitem sinais entre as células cerebrais. Norepinefrina, serotonina e dopamina, todas envolvidas na regulação do humor, estão implicadas no transtorno bipolar.

Interações gliais-neuronais
A desregulação das interações entre as células gliais (células que dão suporte e protegem os neurônios no sistema nervoso) e os próprios neurônios também é um fator potencial no transtorno bipolar.

Vamos aumentar a conscientização e apoiar a ciência do cérebro e a saúde mental e cerebral!



FONTE:
International Bipolar Foundation
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5ª ed. Texto revisado (DSM-5-TR)



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